O Magma da Terra

 


O magma da terra
Habita em meu ventre
Em chama lenta
Ou em suspensão 
Tentando alcançar o poente

Segue-se um caminho ressurgente 
Num horizonte onde procurei por clareza
Limitei-me,
esqueci-me da essência:
É na ambiguidade que nasce a destreza 

Nutro-me de eloquência 
Sem sentidos pejorativos
Cruzo constelações 
Em especial, as do mundo interno dos indivíduos
Sempre com a intenção de sermos colaborativos

Aprendo a impor limites
a descartar os enredos depreciativos 
Mergulhas comigo nas profundezas
 desta beleza que é o Ser e os Seres subjetivos?

Aprendi que não posso receber o que sou
Dou
Apenas dou-me naquilo que sou
Sou observação
Não quero ter razão 
Sou a criatura que escuta mais vezes o coração.

Saber receber o que me dão 
Sem projeção 
Observo, observo, e observo… 
A compreensão 
Em mim
Nas diversas linguagens de amor 
Ora das diversas vidas 
Ora das vidas numa só 

Sou 
Como a montanha que acolhe 
Nada peço em troca
Como a água que flui seu intercurso
Como o magma que mantém a terra quente e subsequente 
Cada um tem a responsabilidade sobre o seu percurso.

Minha verdade é temida 
É considerada uma arma 
Não abdico dela, faz parte do meu karma
Esta minha arma que se chama amor
Polinizo-a como um beija-flor.

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