O Ventre e a Sina
Saborear.
Hoje sinto na pele a dança da mudança. A metamorfose chegou.
Ultimamente habito em duas peles. Uma delas a descamar, outra a ganhar espaço para reivindicar. É assim, sempre será. Como os frutos que carregam o caroço, a fertilidade que abriga os sentidos, a germinar vou tendo elucidações dos novos caminhos.
A caminhar tenho vivido, a caminhar sempre serei.
Acreditar ou desacreditar
O prazer encontra-se no balançar
Equilibrar
Acreditar com tudo, é aceder ao caroço do fruto, onde germina a vida, como ela sintoniza.
Pobres de nós que esquecemos as sintonias.
Deparei-me com a minha sina
A sina de quem escolhe involuntariamente a sobrevivência,
Estou chateada pelo quanto ela rouba de mim
Deparei-me com a força do ventre
O ventre conversou com a sina
"É de mim que nasce a escolha de viver, para de sobreviver
Funde-te comigo e mergulha
É fresco e pitoresco.
Encontras(-te) a resiliência na linhagem das mulheres que nunca conheceste
Cujas histórias te fazem perceber
Que o equilíbrio entre ser e ter força para ser
É contínuo
É o pulsar dos fluxos rítmicos, orgânicos
Não é o que se ganha, é a aprendizagem ao escalar a montanha"
Assisti ao diálogo de ambas e fiquei plena, serena.
Comentários
Enviar um comentário